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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Meu motivo de viver

Meu motivo de viver




Quero morrer mil vezes antes de te esquecer,

Irei-me arrepender do dia em que nasci.

Deixarei de existir, não pararei de chorar,

Por que nasci pra te amar, e vivo só para ti.


No teu corpo me completo, és minha alma irmã,

Sou teu em todas manhãs, meu alimento? Teu beijo.

Os teus seios, meu desejo, sois minha festa pagã,

O teu sabor de maçã alimenta meu ensejo.


O nosso amor se renova, pois é novo á cada dia,

Teu riso, minha alegria; o teu corpo, meu prazer,

Alimento teu viver, nossa paixão, alquimia,

Nosso abraço, afrodisia; não vivo sem ter você.


Nascemos um para o outro, disso eu tenho certeza.

Não haverá outra riqueza, além desse sentimento.

Passo o dia em desalento, é tamanha a mofineza,

De imaginar a pobreza, que é perder teu alento.


Se um dia me deixares, certamente morrerei,

Pois bem sei que provarei do fardo da solidão,

Viverei sem remissão, da vida deslembrarei,

Do meu leito eu farei, minha autopunição.




Por faustopoti.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Como te vi

Como te vi






Vi-te pálida, cálida, linda. Vi-te ainda, sorridente,
Vi-te chorando, rindo, contente. Vi-te plenamente,
Nua, na rua das rosas; em um jardim, flor mimosa,
Mas não te vi, em meus braços, berço ardente.

Vi-te cantando, bailando. Insinuado-se, ás libidos,
Vi-te lasciva, ativa, rifando, os anseios perdidos,
Nua, na rua das flores, razões de outros amores,
Mas não te vi, em meus braços, desejos sentidos.

Vi-te voando, valsando, na sala; que gala celeste!
Vi-te beijando, profanando, o sentimento cipreste.
Nua, na rua das dálias, jardim, das mortalhas,
Mas não te vi, em meus braços, horto campestre.

Vi-te em fantasia, que triste agonia, sabê-la distante,
Ver-te em sonho, é tão enfadonho, não ter-te amante,
Nua, na rua das orquídeas, jardim, das perfídias,
Mas não te vi, em meus braços, aliciante calmante.

Vi-te em outros braços, abraços, regaços, não meus.
Vi-te em outras bocas, e loucas as tinham, não eu,
E quando nua deitavas, causavas, brasas, não chamas,
E na rua, estavas, ficavas, sem asas, sem camas.

E eu que tanto quisera, oh! Bela, gozá-la também,
Te dar meu calor, lhano amor, mas, fiquei aquém,
Que grande tristeza, não serás a minha, princesa,
E agora, te abalas, sem salas nem galas, por quem?

Por faustopoti.

sábado, 20 de outubro de 2007

Cidadão alienado

Cidadão alienado




Às vezes olho e não enxergo nada...
A escuridão que chega á madrugada,
-Neblina oblíqua que entorpece a mente-,
Deixa meu olhar cego e doente,
E chuto o vulto que deita á calçada.

Raios de sol confundem a visão,
Alheio aos fatos, é tudo escuridão,
Cega-me o suor que rola no meu rosto,
Fecho meus olhos sem sentir o gosto,
Da fome alheia sem dela ter razão.

Brumas espessas, meu pensamento,
Deixa-me preso ao simples momento,
Do meu ir e vir por sob o viaduto,
Buscando em balde o salvo conduto,
De um cidadão sem envolvimento.

Em meu espelho reflete o flerte,
Do riso alegre do ser tão solerte,
E no labirinto lindo e ladrilhado,
Dessa comuna que me deixa ilhado,
Serei apenas, um munícipe inerte.



Por faustopoti.

domingo, 30 de setembro de 2007

A alma do poeta

A alma do poeta




A saudade é sentimento de quem ama.
Quem, de acesa chama, chama o amor.
É a saudade, palavra de quem chora,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

A saudade é combustível que alimenta,
E no poeta mora, como se fora uma dor,
É a saudade, o sentimento que apimenta,
Quem, de acesa chama, chama o amor.

A saudade é um profundo precipício,
Quem, de acesa chama, chama o amor,
É a saudade, o mais longo solstício,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

(...).

A saudade de quem fica, ou de quem vai,
É o equinócio que equipara a nostalgia,
Gravidade que aos corações atraem,
Como se fora iguais, tanto noite quanto dia.

A saudade é o entusiasmo que inspira,
As canções dos loucos apaixonados,
E o poeta com seu coração em embira,
Embala lira, tal dementes desvairados.

A saudade é o que sinto nesta hora,
É a angústia aprisionada em meu ser,
O sentimento que não quer ir embora,
E o peito chora, a triste falta do prazer.

É a saudade que á esse bardo atormenta,
Já que um dia ele amou quem não devia,
Pois sua musa o deixou, ele lamenta,
Mas inda alimenta sua tão pura porfia.



Por faustopoti

A alma do poeta

A alma do poeta




A saudade é sentimento de quem ama.
Quem, de acesa chama, chama o amor.
É a saudade, palavra de quem chora,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

A saudade é combustível que alimenta,
E no poeta mora, como se fora uma dor,
É a saudade, o sentimento que apimenta,
Quem, de acesa chama, chama o amor.

A saudade é um profundo precipício,
Quem, de acesa chama, chama o amor,
É a saudade, o mais longo solstício,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

(...).

A saudade de quem fica, ou de quem vai,
É o equinócio que equipara a nostalgia,
Gravidade que aos corações atraem,
Como se fora iguais, tanto noite quanto dia.

A saudade é o entusiasmo que inspira,
As canções dos loucos apaixonados,
E o poeta com seu coração em embira,
Embala lira, tal dementes desvairados.

A saudade é o que sinto nesta hora,
É a angústia aprisionada em meu ser,
O sentimento que não quer ir embora,
E o peito chora, a triste falta do prazer.

É a saudade que á esse bardo atormenta,
Já que um dia ele amou quem não devia,
Pois sua musa o deixou, ele lamenta,
Mas inda alimenta sua tão pura porfia.



Por faustopoti

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Surdo, mudo, cego e louco

Surdo, mudo, cego e louco.



Quero gritar para o mundo, as vozes do meu prazer,
Ouvir, quem queira dizer, - o meu mundo é só de paz,
Ver, quem seja capaz, de a morte, reverter,
Sentir na pele o arder, por tudo o que o amor faz.

Porem sinto que não ouço as palavras ecoarem,
Vejo apenas nos olhares, a cegueira para o bem,
O tato fica aquém, da percepção das cores,
Aos meus olhos os horrores; dos homens, o desdém.

Tenho olhos para ver, porém não vejo o que quero,
Então eu me desespero, levo as mãos aos ouvidos,
A minha voz? Um gemido; paro um pouco e espero,
Aí então me supero... Ao vento ecôo meu grito.

Seria melhor enfim, que eu não ouvisse nada,
Não visse na madrugada, o arrebol resplandecer,
Nem vibrasse ao perceber, uma noite enluarada,
Não ouvir a passarada, em um lindo entardecer.

Irei tapar os ouvidos pra não ouvir os lamentos,
Dos barracos lamacentos, nos córregos poluídos,
Serei mouco aos ruídos dos que perdem seus momentos,
Não ficarem mais atento aos mendigos esquecidos.

Não direi uma palavra, que possa ser de conforto,
Serei mudo neste porto, nunca amais irei falar,
Quem em mim vir procurar, adubo para seu horto,
Há de me encontrar um morto, á vida irei me calar.

Para sempre fecharei meus olhos á degradação,
Irei privar a visão de enxergar desigualdades,
As sujeiras da cidade... Seu senhor e seu patrão,
Para que ver o ancião, morto na tenra idade?

Serei tão louco assim, por ver e não enxergar?
Ouvir e não escutar, pois os ecos calam tudo?
São as coisas desse mundo que me fazem calar,
Então eu hei de ficar, cego, louco, surdo e mudo.


Por faustopoti.

sábado, 18 de agosto de 2007

Ao anoitecer

Ao anoitecer.




Quando chega a manhã, e sinto ao tato,
Tua ausência, de fato... Volto a dormir.
Tento no sonho sentir, a noite passada,
Noite, á nós ofertada, em que sucumbi.

Ao teu amor, tua ânsia, teus beijos,
Aos teus desejos, tua voz de se ouvir,
Em gemidos que á mim, soavam canções,
Orquestrando corações, em um doce afluir.

Rolo na cama, os meus olhos cerrados,
Momentos passados, doces ternuras,
Paixões de tão puras, corpos acordados,
Sempre entregados ás nossas loucuras.

Tentando dormir só mais outra vez,
Querendo talvez, sonhar novamente;
O teu corpo quente, busco ao meu lado,
Mas sinto gelado, o vazio afligente.

Levanto do leito, ainda entorpecido,
Um breve gemido solto sem querer,
Lembrando você, na noite já passada,
Lasciva e doada, ao meu bel-prazer.

O dia se passa, tão lento e manhoso,
Tão preguiçoso, que parece parado,
Com tudo é finado, a noite se inicia,
Trazendo-me a alegria, o meu ser amado.

O sorriso em seu rosto, e o olor de jasmim,
É para mim, um presente do céu,
Rasga-se o véu, da noite criança,
E em tua pujança, renego meu fel.

Então te abraço e osculo-te o colo,
No teu corpo me enrolo; sorvo teu ser.
Só eu e você, em um banho de rosa,
Na tua rosa mimosa, irei amanhecer.


Por faustopoti.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Amo-te



Às vezes perguntas se te amo,
Sim te amo, meu amor,
E tenho medo por isso.
Vejo-me a beira de um precipício
E sinto perder meu valor

Amo-te como á uma mãe
Te amo como á um pai,
Te amo como a própria vida
Te quero mais que viver
Amo-te, absurdamente de mais.

Sofro por que te amo
Mas esse sofrer não é ruim
E te amo por que eu quero
Amo tanto, mas tanto...
Que às vezes esqueço de mim

Te amo, te amo, amo loucamente teu ser
Amo toda tua existência
Amo seu estado de querer
Amo você, de todas as maneiras,
Amo-te em toda tua essência.

E como é bom te amar
Ter você ao lado meu
Em todos os momentos pensar
Poder te acariciar
E dizer te amo, pois sou seu.




Por faustopoti








quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Sou?

Sou?



Sou serpente peçonhenta nas garras do gavião,
Sou um idoso leão, degredado do seu bando...
Sou mato verde queimando, alma se exaurindo,
Sou apenas um menino que está se acabando.

Sou ferra brava e nociva, mas que está enjaulada,
Sou a moça da calçada esperando seu futuro...
Sou tesouro no monturo, caixa-forte sem dinheiro,
Sou perolas ao chiqueiro, sou caminho no escuro.

Sou o guerreiro vencido, esgotado no combate,
Sou o novilho do abate, o faisão já abatido,
Sou futuro suprimido, sou presente sem passado,
Sou um ente desalmado, sou passado esquecido.

Mas já fui o gavião que assassinou a serpente,
Já fui o líder valente, liderando o seu bando,
Fui gramínea se alastrando, já fui riacho perene,
Fui grande, bravo, solene; fui um belo namorando.

Eu já fui o candeeiro iluminando o escuro,
A assepsia do monturo, um colar de esmeralda,
O príncipe que na calçada, apanhou sua donzela,
Mas que traído por ela, caiu em uma cilada.

Quando tinha teu amor, era eu um aguerrido,
Por teu amor guarnecido, era gigante e valente,
Á nada era temente, tinha nobreza e valor,
Mas por perder teu amor, sou hoje, estrela cadente.



Por faustopoti.