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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tão pouco

Tão pouco



Disfarço a dor que sinto, e minto com um sorriso,

E preciso falsear a agonia; para que você me ria,

Faço tudo que for preciso.


Nego a dor que me corroí, e como dói fingir assim.

Aí de mim, demonstrar; o que sinto, e minto,

Para que não fujas de mim.


Contento-me tal louco, com o pouco resultado,

E calado consinto; e pra mim mesmo eu minto,

E diz-me: - és culpado.


Dissimulo meu riso conciso, apenas por teu afeto,

E de novo repleto de amor; esqueço a dor,

Pois sou, teu objeto.


Devora meu ser, faz parecer, que sou feliz.

Me diz: - tu me adora-; e da boca pra fora,

És tudo o que eu sempre quis.


Vou assim dissimulando, o teu amor granjeando,

As migalhas aparando; mas é raro, e pago caro,

Para viver te amando.






Por faustopoti

Sentimentos roubados

Sentimentos roubados

Dos teus sonhos acordo assustado,

Maltratado no teu aconchego,

Temerário de tantos segredos,

Nos teus braços, eu sou solitário.


Ferido por teus afagos,

Meu corpo em chagas se esvai,

Teus sentimentos deturpados,

O meu sentimento retrai.


Sinto gelados teus beijos,

Em minha tez assombrada,

E tua boca molhada,

Só me traz dos sonhos sobejos.


Tuas noites, trevas pra mim,

Teus dias, em mim são cinzentos,

Tua cama, só meu tormento,

Teu principio, apenas meu fim.


Risos estridentes ao ouvido,

Faz parecer deboche insensato,

Já não mais te sinto ao tato,

Ouço gritos ao invés de gemidos.


Tua pele repele meu corpo,

Não sinto conforto ao teu lado,

Sinto-me tão desolado,

Como se estivesse co’morto.


Não pensas em mim como sou,

Só queres pensar que sou teu,

Amor, ninguém nunca te deu,

Amores que tanto roubou.


Não tens amor verdadeiro,

Pois que, enganas o amor,

Não aprendestes amar primeiro,

Teus sentimentos sorrateiros,

Só trazem sofrimento e dor.




Por faustopoti