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domingo, 30 de setembro de 2007

A alma do poeta

A alma do poeta




A saudade é sentimento de quem ama.
Quem, de acesa chama, chama o amor.
É a saudade, palavra de quem chora,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

A saudade é combustível que alimenta,
E no poeta mora, como se fora uma dor,
É a saudade, o sentimento que apimenta,
Quem, de acesa chama, chama o amor.

A saudade é um profundo precipício,
Quem, de acesa chama, chama o amor,
É a saudade, o mais longo solstício,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

(...).

A saudade de quem fica, ou de quem vai,
É o equinócio que equipara a nostalgia,
Gravidade que aos corações atraem,
Como se fora iguais, tanto noite quanto dia.

A saudade é o entusiasmo que inspira,
As canções dos loucos apaixonados,
E o poeta com seu coração em embira,
Embala lira, tal dementes desvairados.

A saudade é o que sinto nesta hora,
É a angústia aprisionada em meu ser,
O sentimento que não quer ir embora,
E o peito chora, a triste falta do prazer.

É a saudade que á esse bardo atormenta,
Já que um dia ele amou quem não devia,
Pois sua musa o deixou, ele lamenta,
Mas inda alimenta sua tão pura porfia.



Por faustopoti

A alma do poeta

A alma do poeta




A saudade é sentimento de quem ama.
Quem, de acesa chama, chama o amor.
É a saudade, palavra de quem chora,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

A saudade é combustível que alimenta,
E no poeta mora, como se fora uma dor,
É a saudade, o sentimento que apimenta,
Quem, de acesa chama, chama o amor.

A saudade é um profundo precipício,
Quem, de acesa chama, chama o amor,
É a saudade, o mais longo solstício,
E no poeta mora, como se fora uma dor.

(...).

A saudade de quem fica, ou de quem vai,
É o equinócio que equipara a nostalgia,
Gravidade que aos corações atraem,
Como se fora iguais, tanto noite quanto dia.

A saudade é o entusiasmo que inspira,
As canções dos loucos apaixonados,
E o poeta com seu coração em embira,
Embala lira, tal dementes desvairados.

A saudade é o que sinto nesta hora,
É a angústia aprisionada em meu ser,
O sentimento que não quer ir embora,
E o peito chora, a triste falta do prazer.

É a saudade que á esse bardo atormenta,
Já que um dia ele amou quem não devia,
Pois sua musa o deixou, ele lamenta,
Mas inda alimenta sua tão pura porfia.



Por faustopoti

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Surdo, mudo, cego e louco

Surdo, mudo, cego e louco.



Quero gritar para o mundo, as vozes do meu prazer,
Ouvir, quem queira dizer, - o meu mundo é só de paz,
Ver, quem seja capaz, de a morte, reverter,
Sentir na pele o arder, por tudo o que o amor faz.

Porem sinto que não ouço as palavras ecoarem,
Vejo apenas nos olhares, a cegueira para o bem,
O tato fica aquém, da percepção das cores,
Aos meus olhos os horrores; dos homens, o desdém.

Tenho olhos para ver, porém não vejo o que quero,
Então eu me desespero, levo as mãos aos ouvidos,
A minha voz? Um gemido; paro um pouco e espero,
Aí então me supero... Ao vento ecôo meu grito.

Seria melhor enfim, que eu não ouvisse nada,
Não visse na madrugada, o arrebol resplandecer,
Nem vibrasse ao perceber, uma noite enluarada,
Não ouvir a passarada, em um lindo entardecer.

Irei tapar os ouvidos pra não ouvir os lamentos,
Dos barracos lamacentos, nos córregos poluídos,
Serei mouco aos ruídos dos que perdem seus momentos,
Não ficarem mais atento aos mendigos esquecidos.

Não direi uma palavra, que possa ser de conforto,
Serei mudo neste porto, nunca amais irei falar,
Quem em mim vir procurar, adubo para seu horto,
Há de me encontrar um morto, á vida irei me calar.

Para sempre fecharei meus olhos á degradação,
Irei privar a visão de enxergar desigualdades,
As sujeiras da cidade... Seu senhor e seu patrão,
Para que ver o ancião, morto na tenra idade?

Serei tão louco assim, por ver e não enxergar?
Ouvir e não escutar, pois os ecos calam tudo?
São as coisas desse mundo que me fazem calar,
Então eu hei de ficar, cego, louco, surdo e mudo.


Por faustopoti.