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sábado, 8 de março de 2008

Lascívia

Lascívia.






Sente meu suor em teu tato,

Geme meu lascivo gemido,

Mora de vez em meu quarto,

Divide tua vida comigo.


Beija-me á boca sedenta,

Mata essa vontade de amor,

Arde teu ser que esquenta,

Nas brasas do meu calor.


Cavalgue-me com luxúria,

Fazendo de mim teu corcel,

Mesmo a paixão sendo espúria,

Que ela nos leve ao céu.


Volite aos anseios castrados,

Por quem não sabe amar,

Só temem ossos quebrados,

Os que não querem voar.


Provas de minha semente,

E eu beberei de teu sumo,

E o clímax virá veemente,

Mas não perdemos o rumo.


Beija meu corpo com sede,

Com ansa volúpia e desejo,

A nossa lascívia, segrede,

Daqueles que temem o adejo.


De cavalgarem alucinados,

Por dentre as brumas do céu,

E de viverem extasiados;

Solvendo do amor todo mel.


Baila comigo essa dança,

Que por vezes se torna morosa,

Outras, frenética avança,

Arrancando o aroma da rosa.


Por fim, deita em meu peito,

E nele constrói teu abrigo,

Faz do meu ser, o teu leito,

Divide tua vida comigo.




Por faustopoti