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quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Rumo
Ter cruzado esquinas perigosas,
Atravessado vielas tenebrosas,
Dormir, tantas vezes ao relento,
Sentir somente o sabor do vento,
E ferir-me nas pétalas das rosas.
Após caminhar na tenra mansidão,
Dos ermos corações apodrecidos,
Dos amores ínfimos, desnutridos,
Apenas alcancei a solidão.
Meu caminho, somente ilusão,
Caminhos, quem dera, esquecidos.
Será que é essa minha sina,
Caminhar por escusos degredos,
Desconhecer do amor os segredos,
Viver no deserto da esquina;
É essa, a vida que se inclina,
Á atormentar meus infantes medos?
Necessito me alar pra conceber,
Paisagens mais amplas, abertas,
Transcender as barreiras incertas,
De volitar, meu receio perder;
O amor, aprender a entender,
A solidão, trazer encoberta.
Quem dera voltar ao começo,
De onde o destino me tirou,
Escolher um outro recomeço,
Iniciar tudo, de onde começou.
Por fausto poti
domingo, 17 de agosto de 2008
Dá-lhe
Teu suspiro,
Gemido suprimido,
Abolido;
Por meus desejos.
E meus beijos,
O ensejo,
Que faltava,
Á teu ser,
Que, falseava,
E buscava,
O sentido,
Á muito,
Perdido.
Por faustopoti
Procela de paixão
Quero ébrio adormecer nos braços da madrugada,
E ao meu peito aconchegada a minha bela donzela,
Após uma grande procela de volúpia e paixão,
Apaziguar meu coração no amor que é só dela.
E quando entorpecido, quero sim está sonhando,
Com minha linda, e beijando esse corpo que é dela,
Vou está pensando nela, banhando todo meu ser,
Consagrando o prazer de fazer amor com ela.
No sonho, aconchegado ao amor de minha vida,
Lembrarei a nossa ida aos campos celestiais,
Aonde ninguém jamais, pensou um dia sequer,
Amar á uma mulher, sem em nada ser fugaz.
E se acaso acordar, que seja então no calor,
No colo de meu amor, despertar á sua mercê,
Novamente irei sorver os lábios da minha bela,
Para cavalgar com ela até nosso adormecer.
Por faustopoti.
Por minha culpa
Não sei qual foi á razão,
Mas te esbofeteei...
Tuas roupas, eu tomei,
E delas fiz-las em leilão.
Levei-te á julgamento,
Favoreci teu tormento,
Em teu sangue me lavei.
Sou culpado, eu bem sei,
Mas nego o arrependimento.
Da tua paixão sou culpado,
E ainda, eu viva calado,
Jamais serei redimido.
Pois por mim fosses traído,
No cepo, crucificado.
Chamo-te de criador,
De irmão, progenitor,
De Deus-todo-poderoso.
Choro, mas de remorso,
Por ser teu executor.
Livra-me de minha culpa,
Mudai a minha conduta,
Faz que’u seja um cristão,
Penetra em meu coração,
A carga de tua luta.
Meu Cristo crucificado,
Perdoa esse pecado,
De te pregar numa cruz.
Oh! Meu bondoso Jesus,
Eu bem sei que sou culpado.
Por faustopoti