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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tão pouco

Tão pouco



Disfarço a dor que sinto, e minto com um sorriso,

E preciso falsear a agonia; para que você me ria,

Faço tudo que for preciso.


Nego a dor que me corroí, e como dói fingir assim.

Aí de mim, demonstrar; o que sinto, e minto,

Para que não fujas de mim.


Contento-me tal louco, com o pouco resultado,

E calado consinto; e pra mim mesmo eu minto,

E diz-me: - és culpado.


Dissimulo meu riso conciso, apenas por teu afeto,

E de novo repleto de amor; esqueço a dor,

Pois sou, teu objeto.


Devora meu ser, faz parecer, que sou feliz.

Me diz: - tu me adora-; e da boca pra fora,

És tudo o que eu sempre quis.


Vou assim dissimulando, o teu amor granjeando,

As migalhas aparando; mas é raro, e pago caro,

Para viver te amando.






Por faustopoti

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