Depois de andar por tanto tempo,
Ter cruzado esquinas perigosas,
Atravessado vielas tenebrosas,
Dormir, tantas vezes ao relento,
Sentir somente o sabor do vento,
E ferir-me nas pétalas das rosas.
Após caminhar na tenra mansidão,
Dos ermos corações apodrecidos,
Dos amores ínfimos, desnutridos,
Apenas alcancei a solidão.
Meu caminho, somente ilusão,
Caminhos, quem dera, esquecidos.
Será que é essa minha sina,
Caminhar por escusos degredos,
Desconhecer do amor os segredos,
Viver no deserto da esquina;
É essa, a vida que se inclina,
Á atormentar meus infantes medos?
Necessito me alar pra conceber,
Paisagens mais amplas, abertas,
Transcender as barreiras incertas,
De volitar, meu receio perder;
O amor, aprender a entender,
A solidão, trazer encoberta.
Quem dera voltar ao começo,
De onde o destino me tirou,
Escolher um outro recomeço,
Iniciar tudo, de onde começou.
Por fausto poti
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