Numa noite clara, serena e bela,
Debruçada na janela, estava ela a me olhar,
O luar resplandecente iluminava seu rosto,
Era, pois pra mim um gosto, ver seu sorriso brilhar.
Aqueles olhos reluzentes, refletindo o luar,
Me inspirava a dedilhar as cordas do violão,
Entoando uma canção declarava meu amor,
Dizendo-lhe, por favor, me entregue seu coração.
E eu tocando para ela, cheinho de devoção,
Sentido a satisfação, feliz a cantarolar,
Ela ali a me fitar, lançando em mim esperança,
Eu tal qual uma criança, pensava ela me amar.
A noite foi se findando, a cabocla foi deitar,
Tive que me retirar, a minha voz embargada,
Adentrei a madrugada, e quando o arrebol chegou,
O sol pra mim num brilhou, que noite mau empregada.
Guardei o meu violão, a sua voz se calou,
Nunca mais ele falou de carinho pra alguém,
Ás noites fica aquém das suas expectativas,
Suas cordas inativas, já não tocam pra ninguém.
Foi grande a desilusão que sofreu ele e eu,
Se ele emudeceu minha voz também calou,
Todo meu mundo acabou, por ela ter me deixado,
Pro seu quarto ter entrado na janela o vazio deixou.
Por
fausto (poti)
Nenhum comentário:
Postar um comentário