Seguidores

domingo, 24 de julho de 2022

Luar minguante


 

 

 

 

Numa noite clara, serena e bela,

Debruçada na janela, estava ela a me olhar,

O luar resplandecente iluminava seu rosto,

Era, pois pra mim um gosto, ver seu sorriso brilhar.

 

Aqueles olhos reluzentes, refletindo o luar,

Me inspirava a dedilhar as cordas do violão,

Entoando uma canção declarava meu amor,

Dizendo-lhe, por favor, me entregue seu coração.

 

E eu tocando para ela, cheinho de devoção,

Sentido a satisfação, feliz a cantarolar,

Ela ali a me fitar, lançando em mim esperança,

Eu tal qual uma criança, pensava ela me amar.

 

A noite foi se findando, a cabocla foi deitar,

Tive que me retirar, a minha voz embargada,

Adentrei a madrugada, e quando o arrebol chegou,

O sol pra mim num brilhou, que noite mau empregada.

 

Guardei o meu violão, a sua voz se calou,

Nunca mais ele falou de carinho pra alguém,

Ás noites fica aquém das suas expectativas,

Suas cordas inativas, já não tocam pra ninguém.

 

Foi grande a desilusão que sofreu ele e eu,

Se ele emudeceu minha voz também calou,

Todo meu mundo acabou, por ela ter me deixado,

Pro seu quarto ter entrado na janela o vazio deixou.

 

 

 

 

                                               Por fausto (poti)

Nenhum comentário: