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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Pretenso cristão



Neste meu mundo sereno,

Quem dera ser nazareno,

E a vida poder doar.

Num instante calcular,

Como quem baliza á esmo,

E assim, como á mim mesmo,

Ao próximo saber amar...


Mas talvez, apenas eu seja,

Um ente que em peleja,

Queira dividir o pão.

Sou um pretenso cristão,

Que não, por esquecimento,

Não guarda o mandamento,

De amar á seu irmão.


Aos enfermos não visito,

Não possuo qualquer quesito,

Á ter com os encarcerados.

Aqueles pobres execrados,

Que moram na marginaria,

Perdidos na imaginaria,

De ter remidos os pecados.


E se é sol ou se é chuva,

Também esqueço as viúvas,

E aos órfãos esquecidos.

Calo-me aos gemidos,

Dos que carecem de pão.

Sou um pretenso cristão,

Que não lembra os excluídos.


Propago o dizimo salgado,

O meu defeito saldado,

Também pago o meu sesmo.

Provoco grande tenesmo,

Ao verdadeiro cristão,

Que ama ao seu irmão,

Como quem ama á si mesmo.




Por faustopoti.

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